sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Vale Sagrado (Chichero, Ruínas de Ollantaytambo, Pisac) e despedida de Cusco

Dia 22 de abril foi nosso último dia de turismo no Peru. Acordamos cedo, como de costume, antes das 8h. e saímos para conhecer um pouco mais do Vale Sagrado.


O Vale Sagrado engloba diversas cidades e parques arqueológicos ao longo do Rio Urubamba.




Nossa primeira parada foi em Chinchero, onde visitamos um lugar onde são produzidas lãs peruanas (de alpaca, vicunha e lhama), as próprias tecelãs nos explicaram e demonstraram como funciona processo de transformação da lã, inclusive o tingimento, 100% natural, também aprendemos a diferenciar a lã verdadeira da falsificada.







De Chinchero fomos a Ollantaytambo, mesmo lugar onde estivemos no dia anterior para pegar o trem à Machu Picchu, mas, dessa vez, fomos conhecer as ruínas da cidade inca.
Ollantaytambo foi, para nós, o ponto alto do dia. As ruínas estão em um local muito bonito, cercado por montanhas. Lá é possível ver vários detalhes sobre a arquitetura inca, a magnitude das pedras utilizadas, a forma que eram transportadas, algumas teorias de como eram cortadas e polidas. Também fica nítido que era um local ainda em construção quando foi tomado pelos espanhóis, pois vemos várias pedras, já polidas, mas espalhadas pelo caminho. Acredita-se que ali existia um complexo militar, religioso, administrativo e agrícola. A subida até o topo das ruínas é um pouco difícil, mas a vista vele a pena!






Em seguida, almoçamos na cidade próxima, Urubamba, no restaurante Maizal. Um lugar muito bonito, agradável, com ótima comida, onde você almoça praticamente ao ar livre, ao lado de alpacas, lhamas e araras, todas soltas para interagir com os turistas.






Nossa parada seguinte no Vale Sagrado foi Pisac.
Pisac era um grande centro agrícola da época. do topo dos terraços é possível ter uma vista ampla do Vale Sagrado e do tamanho da estrutura agrícola que havia por lá.






Em Pisac também tem um mercado de artesanato onde vende artigos de lã, artesanato e prata, que fomos conhecer antes de retornar para Cusco.

Chegamos em Cusco por voltas das 18h, mas não paramos. A noite, às 20h fomos ao Centro Qosqo de Arte Nativa, assistir a uma apresentação de danças e músicas típicas. O valor do ingresso era 30  Soles, mas demos uma "conversadinha" e conseguimos por 20 Soles. As apresentações são simples, mas bem feitas, com mais de 12 trajes típicos peruanos de diferentes épocas e regiões, assim como as coreografias e canções. 





No dia seguinte, nossa despedida dessa viagem tão especial, nosso voo era ás 17h, então tínhamos o dia livre até às 15h.
Ficamos no hotel até às 10h, quando fizemos o check-in, deixamos nossas malas e fomos aproveitar um pouco mais de Cusco, almoçamos no Cava Mora Restobar, também nosso conhecido do segundo dia em Cusco.







Em Cusco ficamos hospedados no Hotel Imperial Cusco.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Machu Picchu

O oitavo dia da nossa viagem era, com certeza, o mais aguardado por todos nós.
Acordamos bem cedo naquele sábado, a nossa saída do hotel era às 6h (como normalmente as pessoas que estão em Cusco vão para Machu Picchu, o hotel já está preparado e inicia o café da manhã bem cedo).
Nossa maior preocupação era o clima, não podia chover e nem estar nublado de mais, pois é comum, em dias úmidos, ter muita neblina em Machu Picchu, o que atrapalha a visibilidade e, como Machu Picchu é no meio da selva, é normal ser bem úmido. Mas, por sorte, não choveu e o tempo ficou nublado, mas não o suficiente para atrapalhar nosso passeio.


Fomos de van até a cidade de Ollantaytambo, aproximadamente 1h40min, onde fica a estação em que pegamos o trem que leva até Águas Calientes, o povoado base de Machu Picchu.

Nosso trem saiu da estação de Ollantaytambo por volta das 7:45, a viagem é tranquila, porém demorada, pois o trem é bem lento, mas, apesar disso, passa rápido, já que queríamos ver o trajeto e apreciar a viagem. Fomos pela empresa Peru Rail, existe outra também, a Inca Rail, assim como também existem trens que saem de estações mais próximas de Cusco, onde é possível ir de táxi, porém a variedade de horários é mais limitada. O que alguns turistas fazem é passar a noite em Ollantaytambo ou em Águas Calientes, e fazer a visita a Machu Picchu no dia seguinte, assim não precisam acordar tão cedo.



Chegamos em Águas Calientes um pouco antes das 10h, e fomos direto para a saída dos ônibus que levam às ruínas de Machu Picchu. Tem uma fila, mas é muito rápida, pois são diversos ônibus que saem praticamente um atrás do outro. Essa subida até Machu Picchu é muito íngreme, e leva 20 minutos. O ônibus nos deixa exatamente em frente da entrada do parque arqueológico. Para chegar até as ruínas, é preciso caminhar por uns 10 minutos por uma trilha um pouco irregular, com subida e alguns degraus bem altos.





Durante toda nossa visitação à cidade inca, fomos acompanhados por um guia que falava português. Seguimos a trilha convencional, que leva duas horas (com as explicações do Guia, mas sem muitas paradas para contemplação). A trilha é uma mão única, você inicia o percurso em um lado e termina em outro onde já é a saída do parque, porém, o ingresso permite que você acesse Machu Picchu até três vezes no mesmo dia.

























Chegar em Machu Picchu, foi uma das experiências mais incríveis que já vivemos, primeiro a ansiedade até chegar, depois a incredulidade de estar diante de uma das 7 maravilhas do mundo moderno, já tivemos a oportunidade de ver outras, mas essa, sem dúvida é a mais mística de todas e, a maneira que a natureza e a obra humana estão incorporadas, é fascinante, vemos de forma prática o respeito que o povo Inca (apesar de todos os defeitos que poderiam ter e até crueldade com outros povos) tinham pela natureza, a Mãe Natureza ou Pacha Mama, uma das principais divindades da cultura, relacionada à natureza, ao feminino, à terra que produz.





Quando temos a visão ampla da cidade, a do "cartão postal", entendemos a verdadeira importância de Machu Picchu. Está longe de ser a maior ou mais relevante obra Inca, mas por ter sido descoberta apenas em 1911 (descoberta para o mundo, pois já se sabia da sua existência antes disso) e ter escapado de saqueadores e vândalos é, certamente a mais conservada de todas (apenas os telhados, que eram feitos de palha, não existem mais).






Depois das duas horas do nosso tour, chegamos ao final do trajeto, onde é possível pegar um carimbo de Machu Picchu no passaporte. Assim como para subir, para descer é só aguardar na fila os ônibus chegarem, também muito rápido.



Até às 13h estávamos de volta a Águas Calientes, almoçamos no restaurante El Mapi By Inkaterra. Como não sabíamos como seria o passeio, nem quanto tempo levaríamos e não queríamos fazer nada com pressa, havíamos comprado a passagem de volta a Ollantaytambo no último horário de trem, às 18h20min. Tivemos que ficar algumas horas esperando, mas aproveitamos para conhecer um pouco mais de Águas Calientes, começou a chover um pouco e esfriar bastante (o que não nos incomodou, já que estávamos muito satisfeitos com tudo que vimos).





Chegamos de volta ao nosso hotel em Cusco por volta das 22h. Não saímos para jantar, pois, como sabíamos que chegaríamos muito tarde, já tínhamos comprado lanche na estação lá em Águas Calientes. Estávamos exaustos mas muito felizes!