terça-feira, 23 de maio de 2017

Aventura Inca: Nas alturas de La Paz

Nosso segundo destino no roteiro da Aventura Inca foi La Paz. A capital federal da Bolívia está a 3.660 metros de altitude, com seus 2 milhões de habitantes a cidade está assentada no meio da Cordilheira do Andes.
O aeroporto para chegada em La Paz fica na cidade de El Alto, há pouco tempo atrás, ambas eram a mesma cidade, porém agora estão divididas. O aeroporto faz jus ao seu nome, El Alto fica a mais de 4 mil metros de altitude, até brincamos que o avião não pousa e sim "estaciona".

A arquitetura da cidade é bastante peculiar, como a Bolívia possui uma lei que, se o imóvel não estiver terminado, ou seja, sem reboco, ou janelas, o imposto é menor, a maioria das casas em La Paz estão "inacabadas". A natureza dá um toque especial a paisagem do local, como plano de fundo a cidade apresenta o Monte Illimani, a segunda maior montanha da Bolívia, com 6.462 m de altitude, produz o cartão postal da região.


Chegamos em La Paz por volta das 2h da madrugada no domingo de Páscoa. Assim como em Lima, uma pessoa da Agência já estava nos aguardando no aeroporto, o César, guia que nos acompanhou durante todo o período que ficamos na Bolívia.
Logo nos primeiro minutos depois do desembarque, já sentimos os efeitos da altitude, alguns mais, outros menos: enjoos, tonturas, dores de cabeça...
Quem chega em La Paz, principalmente de noite, pode se assustar com o cenário que encontra, especialmente quem estiver um pouco desinformado, por isso, antes de ir pesquise bem, e tenha certeza de que está pronto para ver uma cultura bem diferente da nossa e, principalmente, uma realidade econômica completamente distinta da que conhecemos. Como fomos preparados para o que veríamos, não nos assustou, na verdade foi muito interessante poder conhecer a forma como aquele povo vive e trabalha.... Claro, os conceitos de higiene (principalmente),  são bem diferentes do nosso, mas, em relação a segurança, apesar de tudo, não nos sentimos inseguros durante os passeios.

Depois de dormirmos um pouco, tínhamos a manhã livre para descanso e aclimatização (necessários para se acostumar com a altitude). 
Primeiro, pudemos apreciar uma belíssima vista da cidade, com o Monte Illimani ao fundo, no Café da manhã do hotel. Depois, demos uma caminhada pela cidade e, por fim, procuramos um lugar para almoçar.



Cholas no comércio de rua. Cena comum em todo o centro da cidade.



Por ser domingo de Páscoa, a maioria dos restaurantes estavam fechados e ficamos bastante receosos em comer o que vendiam nas ruas. Por sorte, encontramos o English Pub, com boa comida e bom preço.

A tarde, o César veio nos buscar no hotel e começamos nosso tour andando no Teleférico de La Paz.




O sistema de teleféricos de La Paz, o Mi Teleférico, como é chamado, funciona como o transporte público dos pacenhos. Devido a topografia da cidade seria impossível construir linhas de metrô ou trem e, ao mesmo tempo, o trânsito de La Paz é completamente caótico, então, como solução do problema, em 2014 foi inaugurada a primeira linha de teleféricos da cidade, ligando El Alto a La Paz. Hoje já são 3 linhas, além de ser um meio de transporte muito eficiente (sai uma cabine a cada 12 segundos), é uma ótima forma de fazer turismo e conhecer a cidade. O valor é de 3 bolivianos por linha.




É o sistema de teleféricos mais alto do mundo, chegando a 4.100m.



A próxima atração que fomos conhecer em La Paz, foi um dos lugares mais lindos e exóticos que já vimos. O Valle de La Luna.




O Valle de la Luna é um sítio arqueológico que recebe esse nome devido a sua formação rochosa e crateras. Fica aproximadamente 10km do centro da cidade e a entrada custa 10 bolivianos.








Depois do Valle de la Luna, seguimos até o mirador Killi Killi, que também fica bem próximo ao centro de La Paz. A entrada é gratuita e a vista é linda, não tão impressionante quanto a do teleférico, mas vale a pena.





Para encerrar nosso City Tour por La Paz, Fomo para a Calle de las Brujas (Rua ou Mercado das Bruxas), ficava a apenas duas quadras do nosso hotel.
O que chama a atenção nessa rua, são as lojinhas com fetos de lhama pendurados nas portas, além disso, elas também vendem outros materiais para feitiçaria e oferendas, como ervas, pedras, incensos, insetos...

A noite, jantamos no mesmo English Pub, porém, descobrimos uma outra unidade do mesmo pub, praticamente na frente do nosso hotel!

No dia seguinte, nosso passeio começou bem cedo! Saímos do hotel por volta das 7h da manhã com destino ao monte Chacaltaya. Ainda acompanhados do nosso guia boliviano, fomos de van em direção ao monte. Levamos um pouco mais de duas horas para chegar lá, a estrada é ruim (de chão batido na maior parte do tempo) e, depois que começa a subir (mais) são muitos perais, bem íngremes. A van vai até 5.000m de altura e depois são mais 10min (300m) de caminhada até o topo. 
A vista é linda e de tirar o fôlego (em todos os sentidos da expressão), praticamente durante todo o percurso até lá. Não foi todo o nosso grupo que conseguiu subir, por diferentes motivos alguns foram ficando pelo caminho. E o único que realmente conseguiu chegar até o cume foi o Ramon.














O tempo de permanência no topo do monte é de uma hora, aproximadamente. Nosso almoço foi um "Box Lunch" já incluso no nosso passeio, que vinha sanduíche, frutas, suco e um doce.

Chegamos de volta os nosso hotel por volta das 15h, descasamos um pouco, depois fomos dar mais uma caminhada pelo centro histórico. De noite jantamos mais uma vez no English Pub. No dia seguinte começaríamos cedo a nossa jornada de volta ao Peru, então logo fomos dormir.

Ficamos hospedados no Hotel Berlina. Não é um hotel que recomendamos, mas, particularmente para nós dois, ele foi bem ok, bom quarto, com uma cama confortável e um chuveiro ótimo (o que mais importa para nós), a questão é que nossos parceiros de viagem não tiveram a mesma sorte e enfrentaram alguns problemas em suas acomodações, além disso o café da manhã era muuuito fraco e, na madrugada em que chegamos, demorou bastante tempo para sermos recebidos.

Um comentário:

  1. Alvaro A. Bourscheidt24 de maio de 2017 às 13:50

    O texto descreve com muita precisão e riqueza de informações o que foi esta verdadeira aventura em terras bolivianas. Parabéns!

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